Não que eu seja a favor do tratamento despendido ao papa Bento XVI que beira a hostilidade franca e ao desrespeito, contudo de prova inconteste de duas coisas: que o catolicismo não é ouvido justamente nas regiões e nações onde teve mais força historicamente e que no Brasil a subserviência a um poder externo ainda é a nossa marca, nos portando como não críticos, reforçando a atitude de nação de segunda grandeza. A hostilidade se dá principalmente pela ação de ativistas de minorias que atribuem ao Papa o não reconhecimento e validade de seus comportamentos e valores, mas também pela negação de uma espiritualidade incorporada historicamente como vigário de Jesus Cristo.Vale lembrar que muitos valores defendidos pelo catolicismo romano não são valores estritamente católicos mas cristão e bíblico.
Veja a notícia:
O papa Bento XVI foi recebido hoje em Barcelona, Espanha, por 200 homens e mulheres homossexuais que gritavam à sua passagem "vai-te embora" e "pedófilo".
Durante cinco minutos, o grupo de manifestantes, que foi convocado através do Facebook, acompanhou a viagem de Bento XVI no "Papamóvel" em direcção à Sagrada Família, onde o papa vai consagrar a catedral construída pelo arquitecto António Gaudí. Ao lado dos manifestantes, apoiantes do papa agitavam bandeiras com as cores do Vaticano (amarelo e branco).
Sergi Diaz, um dos manifestantes, disse estar ali para "protestar contra a visita do Papa" e para apelar a "uma mudança de mentalidade no ensino católico que mantém uma atitude oposta aos direitos [dos homossexuais] e às diferentes formas de amar". Acompanhada da amiga Rebecca, Helena Coll, 26 anos, lamentou o facto das "religiões falarem de humanidade, paz e respeito, mas depois esses valores serem discriminados".
O grupo de manifestantes cruzou-se durante alguns minutos com os apoiantes de Bento XVI, que gritavam "Viva o papa". A viver em Barcelona há 14 anos, a Filipa Theresa Revera Oliero disse que está à espera desde as 06:00 com a filha e três amigos "para ver o Papa". Maria José Corbella, 65 anos, chegou um pouco mais tarde (às 07:00) e confessou estar "muito emocionada por ver o Santo Padre", mas lamentou que a fé se esteja a perder em Espanha, principalmente por parte dos jovens.
Para conseguir chegar mais perto de Bento XVI, alguns católicos passaram a noite junto da Sagrada Família, como foi o caso da jovem Adriana Mayner. "É uma experiência que não voltará a repetir-se na nossa cidade", disse a Adriana Mayner, 18 anos, orgulhando-se de haver "muitos jovens que seguem o papa".
Perto da catedral da Sagrada Família, onde o papa vai celebrar uma missa, as opiniões divergem: "Eu odeio o papa, ele que fique no seu país e não venha incomodar-nos em Barcelona", atira Stuard Eduardo, 24 anos, explicando que não gosta do papa por causa da sua posição conservadora em relação a temas como casamento homossexual e o aborto.
OUTRA VERSÃO DA MESMA NOTÍCIA
Vaiado em Barcelona, Bento XVI defende família
08 Nov 2010 02:52 AM PST
O papa afirmou ontem em Barcelona, onde foi vaiado, que a Igreja Católica se "opõe a todas as formas de negação da vida humana e apoia o que promova a ordem natural na esfera da instituição familiar", numa crítica indirecta à reforma da lei espanhola do aborto.
Proferidas na celebração a que presidiu na igreja da Sagrada Família, que Bento XVI consagrou como basílica, no segundo e último dia da sua visita a Espanha, aquelas palavras foram interpretadas como um ataque também ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Entre as 250 mil pessoas que esperavam ontem o chefe da Igreja Católica em vários pontos da capital catalã, incluindo 13 mil através de ecrãs gigantes na praça de touros, estavam duas centenas de homens e mulheres homossexuais, que se beijaram "apaixonadamente durante cinco minutos" à sua passagem e para os quais o papa "lançou um olhar furtivo", no relato da agência France Presse. Além dos custos da visita, estimados em 4,8 milhões de euros (não contando segurança e emergência médica) para 32 horas de permanência num país em crise, as posições da Igreja Católica em matéria sexual estiveram na origem da mobilização contra a visita de Bento XVI. "Vai-te embora!" e "Pedófilo!", gritavam os activistas, em protesto contra a visita papal e apelando "a uma mudança de mentalidade no ensino católico que mantém uma atitude de oposição aos direitos (dos homossexuais) e às diferentes formas de amar", explicou um manifestante, Sergi Diaz. Considerando que as condições de vida têm progredido nos campos técnico, social e cultural, o papa disse que "não podemos simplesmente ficar satisfeitos com esses avanços", pois, "ao lado deles devem estar também avanços morais como a defesa, cuidados e assistência às famílias, na medida em que o generoso e indissolúvel amor de um homem e uma mulher é o contexto eficaz e fundamento da vida humana desde a gestação, nascimento, crescimento e fim natural". Reclamando uma natalidade "dignificada, valorizada e apoiada jurídica, social e legislativamente", Bento XVI defendeu medidas económicas e sociais que permitam "às mulheres encontrar a sua plena realização em casa e no trabalho, para que homem e mulher unidos em casamento possam formar uma família". Segundo a última pesquisa do Centro de Investigações Sociológicas, 73,2% dos espanhóis declaram-se católicos, contra 80% em 2002. Notícias Cristãs com informações do Jornal de Notícias |
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