Aos que tem um olhar simplista, que sonham com uma igreja perfeita e quieta em eu cantinho, que desdenham as muitas iniciativas por parte dos crentes, algumas inusitadas e que naturalmente serão descartadas com o tempo, que acham uma parcela de cristãos devem manter a sua posição doutrinária desdenhando qualquer ação dos demais, não reconhecendo que a luta da igreja é de fato uma luta em várias frentes, cujo engajamento é feito dioturnamente por agentes muitas vezes diversos um dos não poucos exemplos:
Tramita na Câmara Legislativa Federal em Brasília o Projeto de Lei que obriga livrarias e pontos de venda de livros a comercializar todas as obras enviadas a eles. Caso o comerciante se oponha a vender, deverá comunicar os motivos por escrito ao autor ou editor, que poderá apresentar recurso à Câmara Brasileira do Livro ou às câmaras estaduais.
A proposta alegada é garantir a “livre circulação de livros no País”. Na opinião do autor, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), “livrarias não podem ficar submetidas ao jogo econômico e às preferências pessoais”.
Segundo o deputado, é comum as grandes editoras e distribuidoras contarem com livrarias próprias. “Isso resulta na impossibilidade de autores de menor capacidade financeira colocarem à venda sua obras, que, em certo casos, representam importante contribuição à vida cultural do País”, diz.
O projeto já está em apreciação, em caráter conclusivo (não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo). O projeto perderá esse caráter em duas situações: – se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); – se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total).
Fonte Gospel+
Na prática essa trapalhada não agradaria ninguém. Imagine que alguém contrário a fé evangélica escreva um livro e exija e que o mesmo seja exposto em uma livraria evangélica? Incrivelmente o mesmo vale para uma livraria espírita ou católica, nem o livreiro, nem o leitor e frequentador de qualquer uma livraria confecional deseja ver algum texto ou publicação contrário às suas convicções. A quem esse deputado quer defender, escritores mal aceitos, mal relacionados em suas comunidades ou círculo de pensamento, ou quem sabe, definitivamente sem talento?
Por Helvécio S. Pereira
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