Interesses diversos coseguem seus objetivos com mobilização e pressão. Executivo e legislativo que só permanecem no poder pelo voto popular tendem a ceder a parcelas que podem tirá-los de lá. Cristãos católicos acomodados a um "status quo" que lhes garantia maioria na sociedade ( nem tão verdadeira assim) e cristãos protestantes e paraprotestantes que se limitavam a não ter uma participação política se deparam com mudanças de regras que se chocam frontalmente com seus princípios e valores. É evidente que a maioria da população brasileira permanecerá culturalmente cristã, majoritáriamente católica romana, ainda que nominalmente, contudo uma minoria consegue mudanças tão radicais que, por exemplo negros e demais afro-descendentes jamais conseguiram em quinhentos anos de história do Brasil.
Veja a notícia abaixo:
A USP (Universidade de São Paulo) aprovou uma regra que permite que alunos transexuais e travestis possam escolher o nome que querem usar nos registros da instituição.
Na prática, isso vai permitir que eles adotem nomes femininos ao invés dos masculinos, com o qual não se identificam, ou vice-versa (no caso de transexual nascido no sexo feminino).
A mudança cumpre um decreto do Estado de São Paulo, assinado em 17 de março de 2010 pelo ex-governador José Serra.
A legislação, de número 55.588/10, diz que todos os órgãos de administração estadual direta ou indireta devem tratar os funcionários "trans" (travestis e transexuais) pelo nome social, ou seja, o nome pelo qual ele se identifica.
Inicialmente, o registro vai valer para os diplomas fornecidos pela USP. No futuro, a ideia é que o uso do nome social seja permitido também em sala de aula, nas listas de chamada e no vestibular.
Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), afirma que medidas como essa ajudam a diminuir o número de faltas e o abandono escolar dessa parcela da população.
- Um dos grandes problemas nas escolas é o desrespeito com a identidade do aluno, mais até do que o desrespeito à opção sexual. Normalmente os gays são vítimas de piada e chacota no ambiente escolar. Os “trans” [sofrem] mais ainda, e vários acabam abandonando os estudos. A maioria acaba vendo na prostituição a única alternativa de trabalho.
Os "trans" que trabalham em órgãos federais também têm o direito garantido de usar o nome social - uma portaria do Ministério do Planejamento regulamentou a decisão.
Fonte: R7.com
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