Após assistir dois bons documentários em vídeo produzidos pro ateus contra religiosos em geral e particularmente contra cristãos, após perceber de forma mais real e mais uma vez ser relembrado das certezas e dúvidas e ausência de fé mas também de testemunhos de cristãos quando confrontados insidiosamente por esses mesmos ateus, me senti inclinado a escrever alguma coisa sobre o assunto. Porém não o farei agora, mesmo sendo oportuna uma releitura e uma explicação diante da realidade da calamidade, em duas dos maiores estados do Brasil, de forma pior e mais desastrosa na região serrana do Rio.
Me concentrarei em uma reflexão curta: nós crentes necessitamos todos, independentemente da sua prazeirosa e confortável posição teológica, fazer algo que concretamente justifique toda a nossa pregação. Não que a Verdade com "V" maiúsculo por parte do Deus verdadeiro necessite de algo feito por nós para prová-la, mas sem dúvida, nós precisamos nos provar a nós mesmos que não nos ocupamos em nossa reflexão, testemunho e pregação que não somos mesquinhos, hipócritas, que não nos vangloriamos com o que acontece com as outras pessoas, que não discriminamos nem a quem deve ser ajudado e a quem podemos dar as mãos para efetivamente ajudar alguém.
Só para ser direto e exato: li na web irmãos calvinistas se batendo ( calvinistas contra calvinistas ) por diferenças menores, calvinistas contra arminianos, dispencionalistas sendo julgados não salvos por outros não dispencionalistas, presbiterainos tirando solenemente de uma reunião da alta hierarquia da igreja ( documento publicado em uma de minhas postagens anteriores ) que a IURD não é uma igreja evangélica, como se isso de fato importasse. Não se trata, repito de uma defesa da referida "igreja" em questão e suas ações, mesmo defendo o testemunho conjunto de todos os cristãos ainda que diferentemente feito na prática e no dia a dia porque mas do ato surrealista, que frente a uma episódio desses, em que bens de consumo, status social, documentos, memória familiar, vidas, filhos, esposa, marido, vizinhos, amigos, tal "reunião", tal "concílio", tal decisão e documento, perdem todo o sentido e ficam patéticos, ridiculamente expostos, como prova do nosso relativismo estérico e nossa presunção no artificialismo raso.
Ainda bem, sinto-me muito bem, a não participar de nenhum grupo de patrulhamento teológico, a nenhum consórcio religioso do qual dependa fazer alguma concessão. Posso livremente crer nos que eles não crêem, apoiar o que eles jamais apoiariam ou apoiam sejam por meio de documentos eclesiásticos ou não e agir sem consultá-los ou ter deles alguma permissão.
No meu prédio pessoas das mais diferentes religiões, sem religião, cederam tempo e espaço para enviar suas doações a quem nem conhecem. É impossível, em meio a essa tragédia, pregar o Evangelho que cremos, com "E" maiúsculo que é, sem obras coerentes com ele mesmo, sem sinais, que Deus deseja não metafórica e ilustrativamente que apresentemos justamente nessa calamidade, tragédia e desastre. Depois de tudo há de se pregar o Evangelho aos órfãos de pais, de familiares, de filhos, de toda a familia, dos que perderam tudo. Um dono de supermercado da região confessou o que sobrou foram apenas quatro reais em seu bolso. Perguntado como iria recomeçar respondeu: "- Só Deus sabe..." Quem irá explicar coerentemente a essa gente o caminho da redenção não só espiritual mas material, familiar, etc?
Deus nos ajude a fazer o que é certo nessas horas.
Por Helvécio S. Pereira
No meu prédio pessoas das mais diferentes religiões, sem religião, cederam tempo e espaço para enviar suas doações a quem nem conhecem. É impossível, em meio a essa tragédia, pregar o Evangelho que cremos, com "E" maiúsculo que é, sem obras coerentes com ele mesmo, sem sinais, que Deus deseja não metafórica e ilustrativamente que apresentemos justamente nessa calamidade, tragédia e desastre. Depois de tudo há de se pregar o Evangelho aos órfãos de pais, de familiares, de filhos, de toda a familia, dos que perderam tudo. Um dono de supermercado da região confessou o que sobrou foram apenas quatro reais em seu bolso. Perguntado como iria recomeçar respondeu: "- Só Deus sabe..." Quem irá explicar coerentemente a essa gente o caminho da redenção não só espiritual mas material, familiar, etc?
Deus nos ajude a fazer o que é certo nessas horas.
Por Helvécio S. Pereira
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