Como cristãos não necessitamos saber tudo, ou pelo menos tentar entender algo que se torne laço para nossa fé. Calma leitor, já explico. É que mesmo como crentes não somos, tão honestos e justos as vezes, mesmo a despeito de nossa fé. Não julgamos de forma justa e sempre "puxamos a sardinha para a nossa lata". Isso é terrível numa discussão teológica que deveria buscar a compreensão real do que as Escrituras nos revelam. Mais fácil seria dizer não sei, admitir que não sabemos, mas o temor de deixar um assunto em aberto e vir outro e falar uma bobagem pior, faz com que a igreja, como denominação e instituição legímamente tome uma posição, ainda que seja pouco clara, ou pior, as vezes a mais errada de todas.
Lendo comentários postados na web, deparei-me com a declaração de um irmão evangélico, dizendo que "os animais tem espírito" e outras reflexões acerca do "sono dos mortos" passando por todos os versículos favoráveis a sua posição e claro, sem nenhuma referência aqueles que poderiam refutá-la, ou ainda torná-la momentâneamente problemática. Outro problema que a revelação escriturística nem sempre é apenas uma de duas posições, no que frequentemente consiste a base de nosso raciocínio sobre qualquer assunto. A questão da alma e do espírito humano está diretamente ligada a salvação e perdição eternas do homem e portasnto a obra salvívica de Jesus Cristo por nós. Uma escolha de uma das posições aventadas influi no tipo de perdição ou de salvação que cremos para nós mesmos e anunciamos aos outros não crentes.
É praticamente impossível fazer, aqui nesse espaço uma reflexão mais longa e completa sobre o assunto. Mesmo porque esse assunto já foi esgotado tantas e tantas vezes, sendo praticamente impossível introduzir dados novos. O que define, em última instância um aposição final, são os pressupostos ligados a interesses teológos e doutrinários. Por exemplo: Testemunhas de Jeová que são um grupo paraprotestante cujo fundador foi Adventista, defendem a não consciência da alma e portanto a sua não imortalidade e a razão é a negação de um inferno de sofrimento eterno, doutrina desenvolvida para confrontar, tanto o inferno quanto o purgatório, invenção católico romana.
Os demais simplificam o modelo, devido a sua pregação de caráter urgente urgentíssimo, que leva as pessoas a uma decisão rápida para escaparem da condenação eterna que viria imediata e irreversívelmente logo após a morte. Para os primeiros caí-se na contradição de deixar ao crente a opção de desejar ir para um céu ou paraíso terrestre ou permanecer no pecado pois o resultado mimo seria a total aniquilação, que no fundo, só doeria uma vez. No segundo caso, embora não fique claro o resultado não é alterado finalmente, afinal a condenação e a salvação, ambas irreversíveis, se há um intervalo histórico entre as mesmas, não alteram o destino do salvo ou do perdido finalmente.
Bem e a nós, embora não tenha urgência, se o crente se propõe a ter uma resposta mais pedagógica do assunto, deve avaliar a interferência positiva ou negativa a sua própria fé ou complicações claras na pregação, no ensino aos de fora da fé. Afinal o homem tem ALMA+ESPÌRITO + CORPO ou somente
(ALMA=ESPÍRITO + CORPO ). Para ambas as posições há termos teológicos que os define, os quais intencionalmente não os cito, pela simples razão, de não deixar o leitor amarradamente pendente entre um e outro como arcabouços teológicos fixos, já que não podem ser modificados, são teológicamente solidificados ao longo da história da igreja, com mais ou menos adeptos.
Em uma simples e breve pesquisa, ambos os lados repisarão os conceitos das palavras "alma" e "espírito" conforme encontrados nas Escrituras que são:
A primeira posição é de um site Adventista do Sétimo Dia ( www.jesusvoltara )
ALMA e ESPÍRITO 1
As palavras "alma" e "espírito" nas Escrituras provém de palavras hebraicas e gregas, línguas em que a Palavra de Deus foi escrita. Vejamos:
Alma - No AT, vem do hebraico vpn (nephesh). Ocorre aproximadamente 755 vezes, sendo traduzida de diferentes formas, dependendo do contexto. No Novo Testamento, a palavra grega é quch (psyche) e ocorre aproximadamente 105 vezes.
Espírito - No AT, são usadas as palavras Mwr (ruach) e hmvn (neshamah). Aparece 377 vezes. No Novo Testamento, a palavra grega para espírito é pneuma (pneuma); ocorre 220 vezes.
Ambas são traduzidas de diversas formas nas Escrituras; eis alguns exemplos:
Alma - vida (Gn 9:4,5; 35:18; Sl 31:13, etc), pessoa (Gn 14:21; Dt 10:22; At 27:37, etc), cadáver (Números 9:6); apetite (Ec 6:7) coração (Ex 23:9) ser vivente (Ap 16:3) pronomes pessoais (Sl 3:2; Mt 26:38)
A palavra “alma” aparece na Bíblia aproximadamente 1600 vezes, e em nenhum caso refere-se a uma entidade fora do corpo, ou que seja “imortal”.
Espírito - vento (respiração - Gn 8:1), espírito (no sentido de alento - Jz 15:19), atitude ou estado de espírito (Rm 8:15; I Co 4:21, etc), sopro ou hálito de Deus (II Ts 2:8, etc) consciência individual (I Co 2:11, primeira parte).
Possui também outras definições: anjos e demônios (Hb 1:14; I Tm 4:1, etc) aplica-se como apelativo a Cristo (II Co 3:17 ) a Divina natureza de Cristo (Rm 1:4), a Terceira Pessoa da Trindade (Rm 8:9-11; I Cor. 2:8-12 )
O termo "espírito", em todas as vezes que aparece nas Escrituras referindo-se ao ser humano, não expressa o conceito de que o mesmo seja uma entidade imaterial consciente capaz de sobreviver fora do corpo.
Por que existem tantos sentidos para as palavras “alma e espírito”? A línguas bíblicas não possuem um considerável número de verbetes. Como exemplo temos o hebraico, que não tem vogais, preposições, ou conjunções. É esta escassez de palavras que torna possível apenas uma assumir vários sentidos.
Como comparação, vejamos a língua portuguesa. Mesmo sendo rica em letras e verbetes, enfrenta certas dificuldades. A palavra “manga” tem mais de 1 sentido: manga de um casaco; a fruta cujo nome é manga, etc. Se a nossa língua, com seus muitos verbetes têm palavras com vários sentidos, imagine o alfabeto hebraico !
Apesar das diversas traduções, é importantíssimo sabermos que o conceito básico de "espírito" e "alma" encontramos no texto de Gênesis 2:7, onde nos é mencionado o processo utilizado por Deus na criação do homem:
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente”. Gênesis 2:7.
Deus formou ao homem de 2 elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto seria da seguinte forma: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o espírito de vida (fôlego de vida), e o homem passou a ser uma pessoa vivente".Isto significa que no conceito Bíblico:
A) Espírito é o fôlego de vida proveniente de Deus;
B) Alma é a união do corpo com o fôlego de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Isto é apoiado pelo texto de Deuteronômio 10:22. Exemplifiquemos isto:
Digamos que você tenha uma lâmpada e não tenha e eletricidade. Terá luz? Certamente não.
Agora suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Terá luz? Também não.
Para haver a luz, terá de ter a lâmpada e a eletricidade; apenas uma delas não bastará.
O mesmo se dá com a vida. Para existir vida, temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus). Caso contrário, não temos vida; somos inconscientes. Como disse Jesus:
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”. João 11:11-14.
Cristo comparou a morte a um SONO, confirmando assim o que diz Salomão:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”. Eclesiastes 9:5-6.
Portanto:
Lâmpada + eletricidade = Luz.
Lâmpada - eletricidade = Sem luz.
Pó da Terra (corpo) + fôlego de vida (espírito) = Alma vivente.
Pó da terra - fôlego de vida = cadáver - sem vida.
A união do corpo com o fôlego de vida de Deus resultou numa alma vivente. Assim, podemos ver que o homem “é uma alma”. (cf. Deuteronômio 10:22), não “possui uma alma”.
O fôlego de vida (espírito) humano, dado por Deus, a fonte de toda a vida (Salmo 36:6; Colossenses 1:17, etc) é o mesmo de todos os animais (leia Gênesis 7:22; Eclesiastes 3:19); isto quer dizer que este alento não pode ser algo inteligente, pois se o fosse, o fôlego de vida dos animais (o espírito) teria de ser algo racional também.
Quando morre o corpo, o fôlego de vida não mais existe; torna para Deus (Eclesiastes 12:7) (reintegra-lo, talvez, no ar). Sendo que este espírito (sopro ou fôlego de vida) não é algo pensante, na morte o ser humano deixa de existir como um todo.
De acordo com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” 1 Timóteo 6:15-16.
Isto se dá porque, para o homem fosse eterno, teria de obedecer a Deus para ter livre acesso á árvore da vida, que perpetua a existência. Como o homem pecou e Deus o expulsou do éden, ele não comeu mais da árvore da vida, tornando-se assim mortal. (Leia Gênesis 3:22-24; Isaías 51:12).
Se já fôssemos imortais, não haveria necessidade de Adão ter comido da árvore da vida, e nós de a comermos no céu. (cf. Gênesis 2:16, 17; 3:23, 24 e Apocalipse 22:2). Como seríamos imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? (ver Gênesis 3:22 e 24). O homem foi criado com a imortalidade; mas esta era “condicional” à obediência a Deus.
No céu, quando Jesus voltar e nos levar com ele iremos comer da árvore da vida para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse 22:2.
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. Apocalipse 22:14.
“e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Apocalipse 22:19.
Se já tivéssemos uma alma ou espírito imortal, não haveria necessidade disto.
Se o espírito ou alma já estivessem no céu (vivendo de um modo imaterial), porque Jesus iria vir nos buscar? Não haveria necessidade disto se já estivéssemos lá em cima.
A ressurreição é uma prova de que a pessoa ainda não está no céu na morte; se Jesus vem nos ressuscitar a pessoa para levar ao céu, é sinal de que ela ainda não está lá.
Com o auxílio de uma concordância analítica, podemos verificar que o hebraico “nephesh” e o grego “psique” não aparecem uma única vez coma idéia de imortalidade ou eternidade.
As mesmas palavras hebraicas usadas para definir espírito são usadas para referir-se ao “fôlego de vida” que Deus soprou nas narinas do homem; assim ocorre também com as palavras gregas.
O estado do homem na morte
Na Bíblia, a morte é comparada a um “sono” cerca de 53 vezes, indicando assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (Salmo 6:5; 13:3; 88:10-12; 115:17; Isaías 38:18-19; Eclesiastes 9:5-6 e 10; I Tessalonicenses 4:13-16).
“A Bíblia não apóia em absoluto a doutrina popular de que os mortos permanecem conscientes até a ressurreição. Pelo contrário, enfaticamente refuta tal ensinamento (Sl 115:17; Ec 9:5). Emprega-se comumente o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12 ; Dn 12:2; Jo 11:11,12; I Co 15:51; I Ts 4:13-17; etc). A declaração de Jesus, que consolava a seus discípulos com a idéia de que eles voltariam a estar com ele na ocasião de sua segunda vinda e não na morte, ensina claramente que o “sono” não é uma comunicação consciente dos justos com o Senhor (João 14:1-3). Do mesmo modo, Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento, todos os justos que então estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se unirão simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos (I Ts 4:16,17)” .
Se a morte fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada pelas Escrituras de nossa “inimiga” (I Coríntios 15:26); teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir para o paraíso.
Como os justos irão pára o céu. Origem da doutrina da imortalidade da alma
Não nos esqueçamos que as pessoas que foram arrebatadas ao Paraíso (Enoque, Moisés e Elias) o foram com o corpo, em vida e não por ocasião da morte (Moisés foi ressuscitado antes de ir ao céu - cf. Judas 9). Isto é uma prova indiscutível de que o ser humano, ao ir para o Céu, irá também com o corpo e não em espírito apenas.
Basta estudarmos a história e veremos que “a doutrina da imortalidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho...” (Professor Otoniel Mota, Pastor Presbiteriano, em Meu Credo Escatológico [opúsculo], ed. 1938, p. 3.)
A segunda posição adotada por demais protestantes ( reformados, tradicionais, renovados, pentecostais e neopentecostais ) é a seguinte:
ALMA e ESPÍRITO 2
1- ALMA
O Termo alma representa o hebraico nephesh, que em muitas outras passagens se traduz por “vida” ou criatura.
Usa-se esse vocábulo a respeito dum ser vivo (Gn 17. 14; Nm 9.13, etc.); e dos animais, como criaturas (Gn 2.19, 9.15, etc.); e da alma como substancia distinta do corpo (Gn 35.18); da vida animal (Gn 2.7; note-se a aparente identificação com o sangue, Lv 17.14; e Dt 12.23); da alma como sede dos afetos, sensações e paixões, sendo suscetivel de angústia (Gn 42.21), de aflição (Lv 16.29), de desanimo (Nm 21.5), de desejo (Dt 14.26), de aborrecimento (SI 107. 18); e sendo, também, capaz de comunicação com Deus. çomo vinda Dele (Ez 18.4). desejando-O (SI 42.1, Is 26.9), regozijando-se Nele (SI 35.9; Is 61.10), confiando Nele (Sl 57.1), adorando-O (SI 86.4, 104.1), mas pecando contra Deus e fazendo mal a si própria (Jr 44.7; Ez 18.4; Mq 6.7).
No Novo Testamento é o termo “alma’ a tradução do grego “psyché”, que, como nephesh, é muitas vezes traduzido por “vida”. Usa-se acerca do homem individual (At 2.41; Rm 13.1: 1 Pe 3.20); da vida animal sensitiva, com as suas paixões e desejos, distinguindo-se do Corpo (Mt 10.28) e do espírito (Lc 1.46; 1 Ts 5.23; Hb 4.12).
A alma é suscetível de perder-se (Mt 16.26); de ser salva (Hb 10.39; Tg 1.21); e de existir depois da separação do corpo (Mt 10.28; Ap 6.9; 20.4).
2- ESPÍRITO
A palavra “espírito” no Antigo Testamento é, com duas exceções, uma tradução do termo hebraico ruach, que também tem a sua significação literal de “vento” (Gn 8.1, etc.), sendo em muitas passagens traduzido por “sopro”, com aplicação ao ar respirado (Jó 17.1; Is 2.22) e à frase “fôlego de vida” (Gn 6.17; 7.15; cp com Sl 104.29, e Ez 37.8). Deste modo é naturalmente empregada a palavra acerca do principio vital, o principio da vida animal(anirna, psyché), quer se trate de homens ou de animais (“fôlego”, Ec 3.19); de homens (Gn 45.27; Nm 16.22; Jó 10.12; SI 104.29; Ec 12.7; Is 38.16; 57.16). Noutras passagens refere-se ao principio espiritual ou à alma racional (anomus, pneuma). Neste sentido é o espírito a sede das sensações e das emoções; ele é altivo (Pv 16.18), atribulado (1Sm 1,15), humilde (Pv 16.19); tornam-se nele subjetivas as graças divinas (Sl 51.10; Ez 11,19; 36.26).
No Novo Testamento, o espírito (pneuma ), como faculdade divinamente concedida, pela qual o homem pode pôr-se em comunhão com Deus, distingue-se do aos próprio caráter natural (psyché); veja-se especialmente 1Co 2.10 a 16. A Bíblia claramente faz supor a existência do espírito, separado do corpo depois ela morte (Lc 24.37, 39; Hb 12.23 ).
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Portanto em linhas gerais estão aí as duas posições. Muitas pessoas ou pelo parte substancial de cristãos, após a conversão e conhecimento do Deus bíblico migram para uma ou outra religião cristã por esse detalhe incorrendo em outras implicações mais sérias acerca, inclusive da própria salvação, pessoa de Cristo, sua obra redentora, etc. A segunda é majoritáriamente aceita e na prática tem menor impacto negativo no restante da teologia individual. No mais deve-se concentrar no objetivo pelo qual a Bíblia, e Deus através de Sua Palavra, pretende transmitir a nós seres humanos, o caráter de urgência e de desejo urgente da aceitação da salvação por parte do homem.
Diante do homem dois destinos estão claramente impostos, independentemente dos detalhes que o compõem: Salvação em Cristo unicamente ou perdição definitiva e eterna sem Cristo, e não há outra opção. Gozo eterno, prazer indescritível, materialização de toda e perfeita justiça, ou sofrimentos inomináveis, que serão reais e percebidos por toda a eternidade, sem nenhuma possibilidade de relocação, seja por perdão ou outro processo. Vale lembrar sempre que o ensino de uma ou outra posição é escolhida, nunca em separado da mensagem que a igreja ou determinado grupo de cristãos e crentes pregam, ou seja, o evangelho ou a palavra de salvação anunciada.
Finalmente, embora as Escrituras não se contradigam em nenhum momento, possuindo uma unidade doutrinária perfeita, a compreensão dessa realidade nunca foi a mesma desde os primórdios da história Bíblica, passando pela época de Jesus e até ao final do Novo Testamento. Os diversos textos ao longo da Bíblia fornecem visões que compõem o quadro final e definitivo, nem sempre tão fácil de ser totalmente delineado, mas suficientes para dar ao homem um caráter de urgência e de auto preservação, que o levará a fé no Senhor Jesus, único nome dado debaixo dos céus entre os homens para que sejamos salvos.
Por Helvécio S. Pereira