Um dia desses, modo de dizer, na verdade era noite, e eu caminhava pela avenida Amazonas, próximo ao Mercado Central e vi três homens com jalecos verdes doando café com leite quente e lanche a um morador de rua. Várias pessoas ligadas a instituições religiosas particularmente fazem isso e é sem dúvida louvável. Espíritas Kadercistas, Católicos Romanos, Igreja Universal, e tantas outras igrejas e movimentos religiosos diferentes. Eu apóio e louvo o trabalho de todas, e de qualquer um, que se disponha a fazer tal atendimento humanitário.
Cito esse acontecimento, porque no momento fiz questão de parar ( eram quase 11 horas da noite ) e por ainda breve momento meditar sobre o que via. A conclusão pessoal foi imediata: sabemos o que é certo, o que é louvável. E mais, sentimos uma resposta quando fazemos o que é certo. Tempos atrás Marcelo Iuka o vocalista do Rapa foi assaltado uma segunda vez, tentara arrancar-lhe do carrão adaptado para roubá-lo e como não o conseguira deixaram o músico caído preso ao cinto de segurança em uma posição perigosa e fugiram. Um dos jovens meliantes resmungou algo como "vou me ferrar mas..." e o pôs sentado novamente e então fugiu. Um dos bandidos voltou e fez o que era certo em meio algo tão inominável.
Na obra da igreja é a mesma coisa. Serei absolutamente direto: apóio as igrejas neopentecostais como Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça de Deus, Mundial do Poder de Deus, Renascer em Cristo, Deus é Amor e todas as igrejas evangélicas tradicionais, reformadas, renovadas, etc. Explico, não é pelo fato de não conhecer as minúcias e diferenças de doutrinas, ensinamentos e práticas e achar, essas diferenças de pouca monta. Não é por não ter uma posição definida em relação a muitas coisas. Também não é isso. Me esforço para ver as coisas como Deus as vê. Deus na Sua perfeita justiça e Amor ( o amor é paciente) sabe o que está sendo realizado e é o que é permanente e o que é eterno. Sabe igualmente dos não poucos erros que todos nós comentemos diariamente, em todas essas igrejas citadas como exemplo, e as que não foram citadas.
É muito cômodo em um período histórico e país em que nós pessoalmente, individualmente não corremos o risco de vida ( ou de morte ) por termos a nossa fé, e consequentemente termos a liberdade de vislumbrarmos uma igreja, que como denominação, ou instituição seja perfeita aos olhos humanos, seja na doutrina ou na prática litúrgica. Reclamamos das gravadoras, dos cantores, das letras das canções, da dança, dos congressos, dos acampamentos, dos festivais de música, das associações profissionais evangélicas, das editoras, das livrarias, do comércio, do dinheiro, do shofar, das pregações, dos programas de televisão , dos sites, dos blogs, por que estamos desocupados e podemos nos dar a esse luxo pseudo-espiritual. Aliás objeto de reclamação e de crítica não faltam e todas as críticas são aparentemente legítimas quando não o são de fato inegáveis.
Li hoje, perdido na biblioteca de minha escola ( escola em que sou professor ) uma das edições da revista Seleções Reader's Digest, de Outubro de 2003 (!!!). A reportagem em questão entre anedotas traduzidas em outro trecho da revista, relatos de cirurgias médicas e outras curiosidades, foi exatamente a intitulada: Richard Cole ajuda jovens brutalizados pela guerra a reaver a esperança, por John Dyson. Para quem não sabe a revista Seleções não é uma revista religiosa e nem cristã, mas secular embora seja de excelente conteúdo. A reportagem é encontrada nas páginas 82 a 87. Em uma oportunidade mais a frente a reproduzirei pois vale a pena o testemunho do pastor Richard Cole em Serra Leoa na África. Mais informações em www.selecoes.com.br.
O relato é maravilhoso, como todo relato de irmãos cuja fé é manifestada em circunstâncias tão surreais, cujos elementos poderiam ser legitimamente questionados à luz do nosso conforto material e mental, e da nossa quase inutilidade como cristãos, sem desafios, e muitas vezes procurando chifres na cabeças de cavalos.
O relato é maravilhoso, como todo relato de irmãos cuja fé é manifestada em circunstâncias tão surreais, cujos elementos poderiam ser legitimamente questionados à luz do nosso conforto material e mental, e da nossa quase inutilidade como cristãos, sem desafios, e muitas vezes procurando chifres na cabeças de cavalos.
É fácil dizer a um calvinista que não se concorda com ele e vice-versa. Um reformado dizer o que pensa de neopentecostal e vice-versa. É absolutamente fácil e não há como não ter queixas e erros a apontarmos uns nos outros. Aliás quando o fazemos maldosamente, o fazemos melhor que o próprio Satanás faria a nós, individualmente. No fundo estamos dizendo uns aos outros: você é uma farsa! Pare imediatamente de fazer o que está fazendo e como está fazendo! Você não é de Deus como eu sou! Você não faz as coisas direito, como deveriam ser feitas!
Não digo que as coisas não se pareçam estranhas as vezes, não nego isso. Entretanto Deus vê todas as coisas, não cansamos de repetir isso uns para os outros todos os dias e negamos a sua realidade. Deus é soberano. Também o repetimos a exaustão e negamos a concretude dessa realidade. O que dizemos no fundo é : Deus é incompetente, como pode deixar uma coisa dessas ganhar espaço e crescer no mundo em Seu nome? Deus não os corrige, será que não vê essas coisas todas que dizem e fazem? Claro que sim... e vê as coisas ( muitas ) que eu você não fazemos e que deveríamos fazer.
Eu não sou pastor, mas se o fosse e estivesse por essa única conta e ocupação, não poderia fazer menos que o máximo a ser feito, e não estar a frente de uma igreja pífia, com projetos pífios, e sem enxotar o mundo e as forças sobrenaturais da maldade. Mas a nossa igreja é pobre, e nossos membros são pobres, e não temos recursos. Se alguém lhe desse milhões para construir um novo templo, ter mais espaços para novas pessoas, e ter uma visibilidade maior, isso mudaria a sua fé do dia para a noite? Novas e grandes coisas passariam a acontecer em seu ministério? Se for assim você é pior do que aqueles que tenta combater, pois eles com erros passíveis de serem apontados, oraram, pregaram a tempo e fora de tempo e nunca se deram, pelo menos no princípio ( seres humanos mudam com o tempo, vide o exemplo do sábio Salomão ), ao descanso, ao lazer, e a férias.
Sabemos o que é certo. Todo ser humano sabe. Temos dúvidas sobre o que é aparentemente errado, as vezes pensamos que não é, e assim prosseguimos claudicando entre dois pensamentos. Todo crente sabe que a Palavra de Deus transforma vidas, destinos, povos inteiros e nações. Como não orar para que doentes sejam curados? Perturbados espiritualmente sejam libertos e restaurados? Falidos encontrem o caminho da prosperidade? Ignorantes a sabedoria? Perdidos, sem razão e objetivo válido paras a vida encontre a Deus?
Eu testemunho, que no conjunto, na grande movimentação social, a igreja do Senhor de diferentes maneiras e estratégias, está alcançando pessoas e fazendo em muitas e muitas delas, de modo que não podemos ver a verdadeira extensão, uma obra que só nos céus, a vitória do amor de Deus está sendo festejada. Pode parecer estranho, a aparência da igreja no geral não me agrada. Tanto numa ponta, nas chamadas tradicionais e seus ministros, nem na outra, no extremo neopentecostal. Mas é a minha visão humana, cultural, presa a minha época.
Mas pela fé eu confio que a verdadeira obra de Deus está sendo feita, que as portas do inferno não prevalecem sobre ela, e que cada um com sua visão limitada e todas as demais limitações, se ama verdadeiramente ao Senhor está fazendo o que pode, a custa de incompreensões e julgamentos por parte de nós mesmos, uns contra os outros. Pessoas estão sendo salvas todos os dias, libertas de tantas coisas. Pessoas que passam a amar ao Senhor e que irão aprender com muito custo a andar nos seus caminhos e a agradá-Lo.
Não vemos e não alcançamos toda a extensão do que está acontecendo.Só vemos problemas mas será que somos mais competentes que o Senhor de todas as coisas? É óbvio que não. Lembremos que a visão dos fariseus era a visão religiosa ideal e legítima, até mesmo segundo a Bíblia e não "viram", não puderam reconhecer o que Deus estava fazendo diante deles. O Senhor Jesus lhes disse diretamente: "Hipócritas,sabei reconhecer nos céus os sinais de chuva e não podeis ver o que Deus está fazendo nesses dias?" ( parafraseado ). O Senhor é soberano e absoluto e está realizando o ue lhe aprás, mesmo que ao nossos olhos não pareça, pois não inteiramente o idelaizado por nossa visão religiosa, ainda que legítimamente não católica romana. Não caiamos no mesmo erro.
Mas pela fé eu confio que a verdadeira obra de Deus está sendo feita, que as portas do inferno não prevalecem sobre ela, e que cada um com sua visão limitada e todas as demais limitações, se ama verdadeiramente ao Senhor está fazendo o que pode, a custa de incompreensões e julgamentos por parte de nós mesmos, uns contra os outros. Pessoas estão sendo salvas todos os dias, libertas de tantas coisas. Pessoas que passam a amar ao Senhor e que irão aprender com muito custo a andar nos seus caminhos e a agradá-Lo.
Não vemos e não alcançamos toda a extensão do que está acontecendo.Só vemos problemas mas será que somos mais competentes que o Senhor de todas as coisas? É óbvio que não. Lembremos que a visão dos fariseus era a visão religiosa ideal e legítima, até mesmo segundo a Bíblia e não "viram", não puderam reconhecer o que Deus estava fazendo diante deles. O Senhor Jesus lhes disse diretamente: "Hipócritas,sabei reconhecer nos céus os sinais de chuva e não podeis ver o que Deus está fazendo nesses dias?" ( parafraseado ). O Senhor é soberano e absoluto e está realizando o ue lhe aprás, mesmo que ao nossos olhos não pareça, pois não inteiramente o idelaizado por nossa visão religiosa, ainda que legítimamente não católica romana. Não caiamos no mesmo erro.
Por Helvécio S. Pereira
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