Popularmente, qualquer pessoa identifica a profecia como uma revelação de acontecimentos futuros. Esses fatos que estão ainda por acontecer podem ser encarados como determinados previamente por Deus, no caso dos cristãos ou crentes, e pelodestino por adptos de outras religiões e filosofias, ou ainda pelo que é entenddido pelo censo comum. Dessa forma, todos os acontecimentos estariam inevitadamente, já determinados e de tal forma que não se poderá de modo algum esperar que aconteçam de outro modo, são de fato, segundo essa forma de ver e entender, segundo essa cosmovisão inevitáveis.
É consenso da maioria das pessoas, crentes, cristãos ou não, que Deus é conhecedor de todas as coisas e portanto sabedor de todo o futuro, futuro que só existe para nós, não para Deus, naturalmente.
Há entre os cristãos, crentes evangélicos, duas visões diametralmente opostas. Para alguns o futuro está em aberto e para outros está inteiramente determinado. Os calvinistas, que podem ser presbiterianos, batistas, cristãos do Brasil, etc, crêem que toda a história humana, incluindo as histórias individuais, cada uma delas já está inteiramente definida e completamente determinada, nos mínimos detalhes, sejam as coisas boas, sejam as coisas ruins. Cada saída de casa, cada passo, cada escolha, já estão escritos e determinados antes da fundação do mundo. Curiosamente os não crentes, os não cristãos, todos os orientais ( budistas, etc ) compartilham exatamente essa mesma cosmovisão. Outros crêem, e nesses estão incluidos outros presbiterianos, batistas, etc, que o futuro está em parte aberto e em parte determinado e esse é o tema da reflexão desenvolvida a seguir com bases bíblicas.
Um único texto não pode ser tomado exclusivamente como base de nenhuma doutrina bíblica, a qual deve estar, de certo modo claramente demonstrada em outras passagens e portanto textos da mesma Bíblia. Não são poucas as profecias encontradas nas Escrituras. A profusão de profecias referem-se a humanidade em geral, a povos específicos, famílias e indivíduos. Há nas Escrituras os chamados livros proféticos, que têm esse nome, exatamente por ser essa a finalidade dos seus registros. O mais famoso livro profético da Bíblia é sem dúvida, o livro de Apocalípse, que em grego significa "Revelação", considerado de difícil compreensão e estudo, alvo das mais acirradas discussões e debates.
Mas afinal, profecias, do ponto de vista estritamente Bíblico, segundo a tradição judaico-cristã, constituem-se em antecipação de um futuro determinado previamente, a visão do futuro concretizado como resultado de algum evento, ou apenas a execução de uma ordem dada também previamente?
De uma forma ou de outra, profecia é a historia escrita por antecipação e a profecia Bíblica é totalmente uma iniciativa divina, do próprio Deus, no que todos nós como crentes concordamos. Há nas Escrituras profecias dadas diretamente por Deus sem intervenção humana. Ele mesmo falou e declarou. Há profecias ditas pelo próprio Deus, pelo Filho Jesus e pelo Espírito Santo. Outras são intermediadas por homens e mulheres, os profetas e profetizas. Vale percorrer a Bíblia em leitura e ler cada uma delas cuidadosa e respeitosamente. Dão nos lições e compreensões importantes, que não podem e não devem ser desprezadas. Quanto as profecias intermediadas por homens ( profetas ) a própria Escritura nos dá critérios de como ter certeza que são da parte de Deus ou não.
A chamada Renovação Carismática evangélica a décadas crê que, a exemplo dos registro neotestamentários, crentes podem profetizar a igreja local, a pessoas, e testemunho e registros anônimos fazem parte da memória coletiva local, familiar e são contemplados pela chamada teologia evangélica popular, já que a teologia acadêmica e a teologia ministerial quando não descreve Biblicamente o fenômeno o rejeita peremptóriamente.
A chamada Renovação Carismática evangélica a décadas crê que, a exemplo dos registro neotestamentários, crentes podem profetizar a igreja local, a pessoas, e testemunho e registros anônimos fazem parte da memória coletiva local, familiar e são contemplados pela chamada teologia evangélica popular, já que a teologia acadêmica e a teologia ministerial quando não descreve Biblicamente o fenômeno o rejeita peremptóriamente.
Uma característica da profecia Bíblica ( da contida nas Escrituras e não fora dela ) é que apresenta os fatos futuros como se estivessem ocorrendo agora. Desse ponto de vista a profecia Bíblica não é só uma predição dos fatos futuros, mas uma declaração desses mesmos fatos. Uma outra característica da profecia estritamente Bíblica. Há, claro, a profecia dada por um profeta no seio da congregação, em uma reunião de oração ou culto regular , essa não faz parte do registro da Bíblia, crença compartilhada e enfatizada por igrejas pentecostais e minimizadas ou compreendidas de outro modo por igrejas neopetecostais, condnsideradas como declarações em nome do Senhor feitas pelo crente com relação a aconecimentos futuros, nãocomo previsão mas como determinação dos mesmos.
É importante notar-se ou atentar-se para o fato de uma profecia Bíblica cumprir-se não em parte, ainda que seja noventa ou noventa e nove vírgula nove por cento. Se tal acontecesse não seria tal profecia verdadeira. Portanto o que a Bíblia declara ou prediz, se cumprirá inevitavelmente em cem por cento, nada menos que isso, embora o nosso entendimento aparente ou seja momentaneamente parcial.
É importante notar-se ou atentar-se para o fato de uma profecia Bíblica cumprir-se não em parte, ainda que seja noventa ou noventa e nove vírgula nove por cento. Se tal acontecesse não seria tal profecia verdadeira. Portanto o que a Bíblia declara ou prediz, se cumprirá inevitavelmente em cem por cento, nada menos que isso, embora o nosso entendimento aparente ou seja momentaneamente parcial.
Embora a profecia a que nos referimos seja cem por cento divina, nem toda profecia extra-bíblica ( a feita ou proferida por um irmão na fé, na congregação de crentes ) é de origem divina e aí, as mesmas Escrituras nos advertem e nos exortam a examiná-las. O fato delas simplesmente se cumprirem não provam a sua origem. A profecia Bíblica está incluída no grande plano de Deus, do início ao fim, sendo que nenhuma profecia tem sentido isoladamente das demais e do objetivo final, da história final do homem e da raça humana. Assim como as Escrituras possuem uma unidade doutrinária as profecias contemporâneas dadas a alguém sobre alguém ou a igreja, seja sob a forma de visões, sonhos ou palavras, deem ser obrigatoriamente consonantes às Escrituras Sagradas, portanto à Bíblia Sagrada.
A profecia Bíbllica recorre frequentemente ao discurso pretérito, pois como fato já acontecido na perspectiva de Deus, são descritos como vistos do final para o seu início. Um exemplo claro disso é o texto de Isaias 53:5 e 6, escritos cerca de 700 anos antes do nascimento do Senhor Jesus. O texto reza: " Mas Ele ( Jesus Cristo ) foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos dá a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" e etc.
Em uma profecia Bíblica, no caso da itermediaçãode um profeta humano, ao contemplar toda a cena de forma completa como em um mural, a descrição dos mesmos podem não estar na ordem certa dos acontecimentos. Uma profecia pode, de fato tem, dois cumprimentos: um histórico ( geralmente o primeiro ) e um espiritual ( o segundo ). Isso é chamado de dupla referência, um dá suporte a nossa fé e indica o cumprimentodo segundo. O primeiro é um sinal, o segundo é a competude do propósito de Deus, já que o objetivo principal é sempre espiritual.
O cumprimento geral de uma profecia é absoluta, mas há profecias condicionais. Dos 1695 "ses" encontrados na Bíblia ou nas Escrituras ( se- partícula condicional ) boa parte referentes a declarações proféticas divinas, boa parte é condicional. Calvinistas crêem legítimamente que, levadas as últimas consequências, se tropeço em uma pedra e machuco o dedo do pé esquerdo, isso já está determinado antes da fundação do mundo. Não há como determinar se parte de nossos atos pessoais são pre-determinados ou parte deles não.
Se acontecimentos e decisões mais importantes são predeterminadas e coisas de menor importância não o são, qual então a resposta legítima e correta? Essa, certamente submetida a prova da razão, não é a resposta mais adequada. Ou temos liberdade dentro de um contexto, limitada a uma condição, mas a temos, ou não temos nenhuma.
Se acontecimentos e decisões mais importantes são predeterminadas e coisas de menor importância não o são, qual então a resposta legítima e correta? Essa, certamente submetida a prova da razão, não é a resposta mais adequada. Ou temos liberdade dentro de um contexto, limitada a uma condição, mas a temos, ou não temos nenhuma.
Deus é Senhor da história e tem um objetivo final com relação a humanidade e a manifestação de Sua justiça e glória, significando que as ações finais se cumprirão inevitavelmente, entretanto parte das declarações divinas são condicionais. Vejamos o ministério de Jonas em seu livro do mesmo nome. Sua profecia aparece em Jonas 3:4 : " Começou Jonas a percorrer a cidade, caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida."
Embora não saibamos em detalhes qual a origem ou condição dessa mensagem e possível juízo por parte de Deus, o resultado e o que temos como registro final, é que os ninivitas do seu rei ao menor se arrependeram e a cidade foi poupada pelo Senhor. Essa profecia era condicional e a sua condição de cumprimento conforme declarado era o arrependimento de toda a sua população. Há entretanto profecias que não são condicionais e assim registradas
nas mesmas Escrituras ou Bíblia Sagrada.
Um conhecido versículo usado como base para o predeterminismo junto com outros com a mesma expressão, é sem dúvida o encontrado em Salmos 110:4 que reza: " O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." Toda vez que encontramos a expressão referindo-se ao Senhor Deus, de um não arrependimento, trata-se de uma profecia não condicional. Quando a expressão registrada é a que "Deus se arrependeu" trata-se, quando profecia de uma profecia condicional. A pergunta é: trata-se de uma arbitrariedade? sim, mas não uma arbitrariedade humana, trata-se da justiça perfeita de Deus e de como Ele, Deus, trata situações diferentes.
A traição de Judas e seu cumprimento não foi condicional. Tal fato de estranhas e extremas repercussões sobrenaturais não foi condicional, mas sem nenhuma outra posssibilidade de cumprimento. Como? Por que? não sabemos, ninguém sabe ao certo. Maria como mãe do Senhor, a cidade de seu nascimento, sua morte e ressureição não foram condicionais mas resultado de todos os acontecimentos antes deles, a queda do homem, a expulsão do Édem, etc, etc.
A segunda vinda de Cristo é uma profecia condicional ( o dia, a data ) mas geral no que respeita a Sua volta concreta e real. Esse assunto é palpitante e merece uma continuação se algum leitor ocasional se interessar e pedir ou um outro dia pois eu mesmo preciso de mais tempo para ler as Escrituras e ter o prazer de ler cada uma das suas muitas profecias que condicionais ou gerais se cumprirão.
Um conhecido versículo usado como base para o predeterminismo junto com outros com a mesma expressão, é sem dúvida o encontrado em Salmos 110:4 que reza: " O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." Toda vez que encontramos a expressão referindo-se ao Senhor Deus, de um não arrependimento, trata-se de uma profecia não condicional. Quando a expressão registrada é a que "Deus se arrependeu" trata-se, quando profecia de uma profecia condicional. A pergunta é: trata-se de uma arbitrariedade? sim, mas não uma arbitrariedade humana, trata-se da justiça perfeita de Deus e de como Ele, Deus, trata situações diferentes.
A traição de Judas e seu cumprimento não foi condicional. Tal fato de estranhas e extremas repercussões sobrenaturais não foi condicional, mas sem nenhuma outra posssibilidade de cumprimento. Como? Por que? não sabemos, ninguém sabe ao certo. Maria como mãe do Senhor, a cidade de seu nascimento, sua morte e ressureição não foram condicionais mas resultado de todos os acontecimentos antes deles, a queda do homem, a expulsão do Édem, etc, etc.
A segunda vinda de Cristo é uma profecia condicional ( o dia, a data ) mas geral no que respeita a Sua volta concreta e real. Esse assunto é palpitante e merece uma continuação se algum leitor ocasional se interessar e pedir ou um outro dia pois eu mesmo preciso de mais tempo para ler as Escrituras e ter o prazer de ler cada uma das suas muitas profecias que condicionais ou gerais se cumprirão.
Por Helvécio s. Pereira
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