POR QUE A IGREJA DE CRISTO ( APARENTEMENTE ) NÃO PREVALECE NO MUNDO?

Uma interrogação parece permanente e insistente na mente dos cristãos, dos crentes, que diariamente fazem uma avaliação da igreja frente o mundo a sua volta, de como ela consegue ou não influenciar, mudar, transformar as circunstâncias a sua volta, ao seu redor.

Evidentemente há sempre coisas positivas a comemorar-se, mas aparte de opiniões e posicionamentos doutrinários há sempre uma insatisfação de parte a parte baseadas em coisas que a igreja se omite, transgride, erra ou fica mal perante o mundo incrédulo.

Vai desde a opinião institucional de uma das chamadas igrejas cristãs como a igreja católica apostólica romana através de seu papa ou um outro bispo brasileiro, sobre questões como aborto em uma adolescente estuprada e com gravidez de alto risco, até a prisão de um conhecido pastor brasileiro e sua esposa nos EUA por esconderem determinada quantia em uma Bíblia. A lista é enorme e poucos escapam a alguma observação vexatória, seja em maior ou menor monta.

Uma explicação seria a óbvia, que não somos perfeitos na construção de nossa personalidade e nem imutáveis. Uma pessoa pode ter uma boa opinião e uma atitude nobre agora e uma outra contraditória depois e vice-versa. Julgamos as pessoas por um ato apenas, o que mais se destaca, ainda mais pelo poder da mídia que espalha qualquer coisa ao vento. Porém isso foi apenas uma pálida mostra de que trata-se de um fenômeno mais complexo.

De fato não é da igreja institucional que falo, não é ela o objeto da minha reflexão, seja Católica Apostólica Romana, Presbiteriana, Batista, Assembléia de Deus, Renascer em Cristo, Universal do Reino de Deus, Mundial do Poder de Deus ou qualquer outra maior ou menor. São de fato, todas elas instituições religiosas, gostem alguns ou não, livremente organizadas sob a tutela legítima da lei, e locais onde as pessoas livremente conforme sua inclinação e opinião podem, pelo menos, pensar nas questões relativas a Deus. Há uma referência a Deus e a Sua pessoa, no nascer, ao se casar e na morte. É  suficiente? muitas vezes não, mas sem dúvida é sempre um ponto de partida, não possível em muitos lugares ainda no mundo.

De fato, também, muitos dos que se arvoram como juízes, não pararam nunca para medir a terrível angústia para um cristão, de viver em uma terra, em uma nação, onde não haja a menor possibilidade, de livremente, ainda que uma pequena referência a sua fé seja permitida publicamente. Não falo do que não conhece o cristianismo, falo do crente, do que conhece ao Senhor e a Sua palavra. 

Você pode ser um cristão evangélico, mas ao viajar e passar por antigo país comunista, em que o ateísmo foi ensinado a várias gerações, e de repente, em uma praça você vê a construção de uma igreja ortodoxa, com uma cruz no alto da sua  torrre como sobrevivente, não há como não emocionar-se, imaginando, que mesmo com uma doutrina problemática, uma liturgia sacramentista, como aqueles cristãos puderam guardar e expressar a sua pouca fé, e que preço pagaram, para que aquele templo sobrevivesse a um governo totalitário, e o desejo de apagar Cristo da história da humanidade.

Bem, como já disse não é da igreja institucional e local, da denominação ou do ministério, das lideranças de seus fundadores, nem mesmo da posição teológica, calvinista, arminiana ou outra. É da igreja acima disso tudo. A igreja possui três aspectos visíveis ao mundo:

                       A doutrina

                        Os sinais

                       O testemunho

Ora a igreja acerta, é bem sucedida em um deles e falha nos demais, ou em apenas um quesito.

A doutrina, é o que ela, os crentes crêem. É reflexo da confissão, do dogma, que também é doutrina e se situa em um nível acima. Toda igreja, denominação, tem um ensino específico sobre a fé cristã geral. Essa doutrina delimita o que ela entende e como entende Deus e a sua relação com a humanidade. É natural e pertinente fomentar-se o ensino aos de dentro da fé e aos de fora. O grau de qualidade no ensino se faz com escolas bíblicas, seminários bíblicos, escolas dominicais ( sabatinas no caso dos adventistas e catecismo no caso dos católicos romanos ), mas mesmo assim a exatidão dos ensinos não é garantida humanamente, apenas o alcance. Mais professores, mais escritores, mais editoras, mais livrarias, mais jornais, revistas, vídeos, páginas na web, etc.

Uma igreja pode ser eficiente na doutrina mas eu digo que isso não basta, embora seja louvável. Tem-se então um povo, uma membresia, um número expressivo de crentes versados na sua doutrina correndo o risco de constituir-se uma população elitizada e tão fechada em si mesma que já não tem paciência em perceber o mundo ( não para concordar com ele ) e nem tão pouco para depurar os seus erros. Mas a doutrina é algo importante. O mundo tem que ver  e perceber com clareza o que cremos, o ue certametne é oposto ao que ele mundo pensa. A doutrina, deve ou deveria ser a luz para o mundo em trevas. Mas não basta dizer as pessoas que elas estão erradas e que estamos certos.

Os sinais. A fé cristã, é uma fé que promete sinais. Não é obrigada a dar provas de suas afirmações, mas os sinais são parte de sua doutrina, intrícicos a ela. A história da chamada renovação carismática dividiu a igreja no mundo no que concerne a uma prática decorrente da mundança de mentalidade imposta pela doutrina. Não recontarei toda a história no momento, mas em linhas gerais, os milagres e a operação sobrenatural encontrada no Novo Tesrtamento são para os dias  de hoje e não encerrados ao período apostólico. Históricamente toda vez que o cristianismo restringiu-se apenas a doutrina, Satanás sabedor desse detalhe introduziu os seus pŕoprios milagres apra referendar outra doutrina. Foi assim com o espiritismo kadercista na França e e na América e com o marianismo moderno ( mesmo que  o mariaismo se apóia em farças, mentiras engendradas por religiosos descaradamente desonestos - vide relatos históricos ).

Cristianismo sem milagres, sem obras, não chega a lugar nenhum. Para mim, que não sou deus e nem juiz, pouco importa se no mundo haja mais cirstão calvinistas ou arminianos ativos no testemunho do evangelho e se tal igreja é predominantemente calvinista ou arminiana. Mas é idesculpável que alguém defenda uma doutrina tida como perfeita e nem um sinalzinho se manifesta em seu ministério ou igreja. Esse pastor deveria, no mínimo, orar a Deus , se desmanchar em oração e dizer: "_ por que eu que tenho a doutrina correta , Tu não me usas para fazer as mesmas obras feitas por Ti conforme Tua promessae maiores ainda?" Cristianismo autêntico não é só blá-blá-blá... não pode ser, leia a sua Bíblia. E o muilagre não é o homem que m faz, é o próprio Deus através da pregação da Sua Palavra. É a pregação da doutrina, incluídas a fé de que Deus opera nos dias de hoje que fará os milagres acontecerem, não pelos belos olhos ou currículo de um pregador ou líder. Mas eles são parte do tripé da atuação da igreja no mundo.

O testemunho, mas não o testemunho da pregação, do relato de uma conversão ou do recebimento de um milagre, mas da ética cristã. Preste atenção por favor: o mundo pode não ter argumentos contra a doutrina cristã, pode ignorar mas não pdoe negar os milagres operados em nome do Senhor Jesus, mas esperará calmamente e sentado, para pegar a igreja em um dos muitos erros naturalmente passíveis de serem cometidos. Não é desculpa para não crerem mas sem dúvida é uma boa munição para uma pretensa negação de Deus, do evangelho e do testemunho cristão. E o pior, muitos são realmente descuidados, ora pela vaidade, ora pela ambição, ora por cederem a alguma tentação.  Por falta  de humiladade de cumplicidade, crentes, pastores e líderes competem ao invés de se ajudarem. A multidão de sites e blogs que degridem públicamente outos irmãos é assustadoramente imensa. Mesmo quando verdadeiras deve-se ter o devido temor por dois importantes motivos: Deus não é cego, surdo ou  não conhecedor de todas as coisas; o tal da questão, do escândalo pode  legítimamente se arrepender diante de Deus e que direito terá algum de nós de julgá-lo então?  

O tema não se esgota nessa simples postagem mas gostaria que  cada leitor que casualmente lêsse essas reflexões repercutisse junto a alguém, a algum  líder de sua igreja, embora que ache e tenha quase a certeza, que líderes não são suficiente humildes para aprender algo de alguém que esteja abaixo deles hierarquicamente ou em conhecimento. São teólogos ministeriais e acadêmicos, só ouvem, quando ouvem os seus pares diretos. Enfim a flecha está lançada.  Que a igreja busque a benção do nosso Deus  e Senhor para o seu  dia a dia. Amém. 

Por Helvécio S. Pereira