Como crentes e cristãos, com o tempo, adotamos como prática cotidiana e inconsciente, o conhecimento. conhecimento de muitas coisas relacionadas ao nosso novo relacionamento com Deus, como as demais pessoas, com o mundo, com os inimigos de nossa fé, com os irmãos de fé, com as diversas práticas das diversas denominações cristãs evangélicas, com a própria história da igreja, com as práticas de outras religiões, com a ciência, enfim com todas as coisas.
Na maioria das vezes, nos sentimos bem, e realmente nos faz bem, nos mantermos informados e com um volume maior de informações, faz parte da experiência sadia do ser humano em todos os setores da vida. As nossas novas aquisições como informações, nos introduzem em grupos de pessoas coma mesma afinidade e nos mantém lá com novos e legítimos amigos. Há também aqueles que por força de seu temperamento, se mantém vivos cultivando opositores, inimigos e objeto de críticas diretas ou indiretas, ainda que essas idéias ou essas pessoas reais nem saibam da sua existência e de seu posicionamento.
Assim posto, tentei demonstrar que todos nós, independentemente de quem sejamos, como crentes e cristãos, temos essa prática e essa experiência quase que contidianamente. as reflexões a seguir tem origem em uma postagem de um irmão a quem muito estimo intitulada "Fé e Sinais" em seu blog. Lida a sua postagem, consideradas a sua opinião e posicionamento, fui repisar os conceitos de fé e sinais na Bílblia, não para demovê-lo de sua opinião ou para estabelecer uma disputa teológica. Como resultado ficamos cada um com a sua visão, que é um fato legítimo e de direito de cada um de nós. Na verdade, na realidade, a sua postagem colocava em xeque a primazia e a importância dos sinais e milagres sobre a fé, na prática da igreja hoje. Mas o fato de ter que repisar os conceitos da Fé na Bíblia, e não somente na nossa língua pátria, o português, segundo os dicionários mais contemporâneos, tive que, como disse, repisar os conceitos bíblicos, verotestamentários e neo testamentários.
O resultado foi de certa forma surpreendente para mim. Mesmo como crentes a praxis, nos distancia da verdade, quando nossos comportamentos vão sendo modificados graças a uma acomodação religiosa e de leitura fácil da experiência humana cotidiana. O sentido contidiano impresso pela cultura a nossa volta modifica, ou dá outro conceito, diverso do conceito original bíblico.
A fé não é uma idéia, um conceito, mas o reflexo de uma atitude,uma ação. Bíblicamente toda vez que temos fé agimos e nos movemos em alguma direção. e essa fé, não uma idéia, não um conceito, que agrada a Deus. Zaqueu demonstrou essa fé quando creu a partir do que ouvia acerca de Jesus, essa fé o fez subir em uma árvore, esquecer a sua posição social para tentar ver e ouvir Jesus de maneira melhor, pois, segundo a Bíblia, era ele um homem de baixa estatura.
Dessa forma uma fé sem obras, sem ação, bíblicamente é morta. O problema é que oscilamos não poucas vezes entre uma e outra. Entre a fé bíblica que nos levou a conversão e a um novo nascimento e a fé conceitual, a qual prazeirosamente acalentamos muitas e várias vezes nos espaços religiosos, na convivência legítima com irmãos, no confronto com os desafios do dia a dia.
A fé Bíblica chama a atenção de Deus, agrada a Deus e sem ela é impossível agradar-Lhe, segundo as mesmas Escrituras, segundo o que está dito na própria Bíblia Sagrada. A segunda, a conceitual,embora útil na descrição do que acreditamos, na nossa comunicação com os domésticos da fé e até com os que não conhecem a revelação bíblica e escrituristica, é inoperante nesse sentido.
Pastores, ministros e crentes que acalentam somente esse tipo de fé,embora na sua experiência cristã alguma vez já exerceram a fé bíblica, tem uma vida completamente secularizada, sem a manifestação do sobrenatural. e isso nada tem a ver com o rótulo de tradicional, histórico, reformado, pentecostal, neopentecostal, etc. Todos podem,conforme as circunstãncias estarem defendo uma posição e uma prática que lhes pareça mais coerente e portanto lhes agrade mais.
É duro e difícil admitir ( e eu o estou admitindo a luz do quea Bíblia diz ) que não temos tal fé na maioria dos momentos em nossas vidas. Como? Sou crente alguém pode asseverar...a tantos e tantos anos...como dizer que não tenho fé? Exatamente com os anos restou apenas, o conhecimento, a opinião, o posicionamento, o arcabouço doutrinário denominaconal, a satisfação a ser dada a outros, mas a fé que deve produzir uma ação, chamar a atenção de Deus, essa não se manifesta quando necessária.
Eu acordei. Tenho que exercitá-la novamente. Sou testemunha do que Deus faz ( nem é pode ou quer ) e são coisas inesquecíveis e preciosas mas para as necessidades e desafios de hoje ou de amanhã preciso redescobrir essa fé novamente. Sem ela novos milagres, novas intervenções de Deus não ocorrerão, pelo menos aquelas sobre as quais somos exortados a pedir, aquelas que não virão automaticamente, o que já é um outro precioso tema a ser refletido.
Deus abençoe e lhe dê a experiência da fé genuinamente bíblica. Amém.
Por Helvécio S. Pereira
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