Em nome de uma pretensa defesa da Soberania de Deus, não por maldade obviamente, calvinistas não se cansam de dizer e repetir ( seja o nome que se queira dar, isso é o que menos importa ) que o homem não tem a mínima, de fato nenhuma liberdade, autonomia, seja o nome que se dê, para absolutamente nada.
Dizem, e já tornou-se uma bordão um jargão, na falta absoluta de argumentos diferentes ou diferentemente expostos, e de exemplos reais, argumentos dados que não resistem a lógica de que tanto gostam de exaltar, que todas as coisas são causadas e realizadas por Deus, incluindo todo e qualquer mal. O tom aparentemente mais duro usado por mim nessas reflexões, não visa atingir pessoas, mas se assim o faço, tem apenas o objetivo de deixar claro ao leitor as posições contrárias, deles e as minhas, que sem o devido contorno não apareceriam claras, e próprias às devidas comparações.
Ou a posição calvinista é a única correta, sem reparações e a única que deva ser acatada, e fim de papo. Caso contrário, as devidas considerações ainda que pareçam algo desagradável, e que na sua exposição se confunda como algo contra alguém, devem ser então substancialmetne submetidas friamente a análise e consideração de todos. Ambas não tem iomplicação só no campo teológico, mas prático, mesmo porque não há separação entre o que a Bíblia revela e a da própria vida.
Essa é uma crítica, portanto, à idéais e não a pessoas, nem põe em dúvida a qualidade cristã de cada cristão ou crente, que possa se autodenominar calvinista. A análise e o debate das idéias é, de fato, o foco dessa reflexão.
Em última análise, se estiverem certos, aquele avô que abusou de suas filhas, e teve filhos-netos com elas, durante décadas, foi Deus que fez o homem despir suas filhas, abusar delas, engravidá-las e ficar solto todo o tempo. O maníaco do parque, caso que ficou conhecido em todo o Brasil e no mundo, não só provocou dor, humilhação, antes e depois da morte das jovens e também depois quando seus corpos nus foram finalmente encontrados em posição constrangedora, que nenhuma delas mereceria. Para eles anda que façam rodeios, Deus fez isso, causou isso, produziu isso.
Digo peremptoriamente que não foi, que Deus não teve nenhum prazer nos acontecimentos. Há casos de crentes mortos ou mortas em circunsntâncias terríveis, de balas perdidas a covardia explícita. E Deus também não fez isso. Eu posso falar, pois nunca fiz isso, pela educação que tive e princípios que acreditei bem cedo, mas se um calvinista eleito, como afirma, salvo posteriormente, houver abusado de mulheres na sua adolescência, fato mais comum que andar para frente e que a maioria das pessoas sobrevivem no seu aprendizado sexual ( mesmo que nunca mais falam nisso, pelo menos as mulheres ) Deus foi o agente promotor dessa anomalia. Nós no Brasil votaremos em 3 de outubro para vários cargos eletivos e um novo presidente será eleito naturalmente, e somos encorajados a pensar em que votaremos, incluídos aí irmãos calvinistas, que nos exortam e nos animam a "escolher" um candidato. Deus não escolheria por nós, mais exatamente pelos eleitos?
A soberania de Deus não é um imenso bolo de chocolate ou de outra coisa, que se admitirmos que um simples inseto escolhe ir para a direita ou esquerda, se entra na sua cozinha ou na casa do vizinho, ou que mesmo o homem, escreva um livro, ou escolha amar uma garota, ou ela escolha entre um vestido vermelho ou preto, tirará parte da soberania divina.
Talvez seja inútil o exemplo que darei mas tentarei. Penso que é mister fazer uma análise mais profunda calcada em exemplos reais e não ficar apenas no campo teórico e num discurso impessoal. Para um homem é amplamente fácil falar de aborto pois não faz parte do seu campo de experiência. Nós homens, tecemos facilmente os melhores discursos pró ou contra o aborto, discursos que são substancialmente teóricos e nada mais. Do mesmo modo a possibilidade ou não de decisão humana, é sempre agradável quando não se relata e não se avalia fatos, acontecimentos, histórias pessoais e relacionadas ao caráter de bondade e justiça de Deus.
Se em meu quintal prendo um cabo de aço, e nele uma longa corrente, e na ponta da corrente tenho um cão preso a uma coleira, esse cão poderá andar livremente até onde a corrente e o cabo lhe permita, mas não poderá deixar o meu quintal. É assim, exatamente assim, guardadas as proporções, da situação do homem, de Satanás e de todas as criaturas vivas. Nós não podemos tudo. Na verdade não podemos rivalizar com Deus, nem mesmo Satanás o pode. Porém podemos, dentro dos limites impostos pela sua Soberania ( soberania de Deus), fazer muita coisa, tanto para o bem quanto para o mal, ou nada,absolutamente nada.
Talvez seja inútil o exemplo que darei mas tentarei. Penso que é mister fazer uma análise mais profunda calcada em exemplos reais e não ficar apenas no campo teórico e num discurso impessoal. Para um homem é amplamente fácil falar de aborto pois não faz parte do seu campo de experiência. Nós homens, tecemos facilmente os melhores discursos pró ou contra o aborto, discursos que são substancialmente teóricos e nada mais. Do mesmo modo a possibilidade ou não de decisão humana, é sempre agradável quando não se relata e não se avalia fatos, acontecimentos, histórias pessoais e relacionadas ao caráter de bondade e justiça de Deus.
Se em meu quintal prendo um cabo de aço, e nele uma longa corrente, e na ponta da corrente tenho um cão preso a uma coleira, esse cão poderá andar livremente até onde a corrente e o cabo lhe permita, mas não poderá deixar o meu quintal. É assim, exatamente assim, guardadas as proporções, da situação do homem, de Satanás e de todas as criaturas vivas. Nós não podemos tudo. Na verdade não podemos rivalizar com Deus, nem mesmo Satanás o pode. Porém podemos, dentro dos limites impostos pela sua Soberania ( soberania de Deus), fazer muita coisa, tanto para o bem quanto para o mal, ou nada,absolutamente nada.
Assim como a soberania de Deus não pode ser diminuída, não pode ser aumentada, simplesmente Ele é o que é. Por que então bato tão forte nesses pontos, ainda que não tenha nada de pessoal contra os irmãos? Por que a adesão a uma posição ou a outra faz enorme diferença. Se Deus é tudo em todos, basta cruzarmos os braços, não há lógica que negue esse fato. Assemelha-se a uma testemunha de Jeová visitando um pastor batista ( não calvinista ): ele a ouviu atenta e educadamente, como deve ser, toda a sua exposição feita diante dele e da sua esposa em sua casa, até o ponto que o visitante afirmou que só 144.000 iriam para o céu. aí o pastor batista disse ao seu interlocutor: não é sábio o que você faz, se eu crer em sua mensagem poderei estar tirando a sua vaga do céu.
Se a posição calvinista é correta não precisamos orar, embora eles aceitem que devamos orar. Como crentes seremos empurrados, movidos, muito mais que inspirados, Deus moverá nossos braços e pernas, lábios e língua e faremos e diremos coisas, que Ele por nosso intermédio fará e dirá ( e não se trata das situações descritas nas Escrituras, de crentes presos e respondendo perante seus algozes ). Significa que o palavrão, que ainda como crente você acidentalmente (??) disse alguma vez, não foi você que o disse, foi Deus. Que o assalto ao trem pagador na Ingalterra, ou a parada gay seja Deus por tras de cada tranformista, o que ligitimaria cada atitude humana, aceita ou não aceita moralmente.
Curiosamente é essa a posição de todas as religiões orientais, animistas, do espiritismo moderno, etc. Que em certa medida todas as coisas já estão determinadas, e que todos os seres humanos, sejam bons ou maus, apenas obedecem ou seguem um roteiro pré determinado, do qual não podem fugir, seja ele bom ou mau.
Curiosamente é essa a posição de todas as religiões orientais, animistas, do espiritismo moderno, etc. Que em certa medida todas as coisas já estão determinadas, e que todos os seres humanos, sejam bons ou maus, apenas obedecem ou seguem um roteiro pré determinado, do qual não podem fugir, seja ele bom ou mau.
Não há participação humana em nada, nem nas mínimas coisas. Confunde-se, e não deveriam, confundir autonomia com permissão. No caso que envolvia Deus, Jó e Satanás, claramente as Escrituras registram e nos revelam, que Deus deu a permissão a Satanás, para que tocasse na vida de Jó, e tão somente não lhe tocasse a alma, subtendendo-se que, Satanás poderia também fazê-lo se Deus o permitisse. Quanto as fornicações a que Paulo se refere em uma de suas cartas, de que homens e mulheres trocariam as suas funções naturais, a Bíblia diz que Deus os entregou as suas próprias concupscências, ou seja, Deus permitiu que de certo modo, eles mesmos, homens e mulheres, livremente alimentassem suas próprias inclinações aberrantes, não os impedindo. Como dizem as Escrituras quem é limpo, limpe-se mais, quem é imundo, suje-se mais.
Que repercussões há na pregação do evangelho? Calvinistas e arminianos ( não me considero calvinista, sei que não sou, e nem arminiano, sou de Cristo ) amam ao Senhor e têm prazer na Sua Palavra, crêem e aguardam a concretização final de todas as promessas contidas na Palavra de Deus, são especialmente e exemplarmente zelosos. Sabem e lamentam a falta que essa bendita experiência e conhecimento, fazem a qualquer ser humano. Como todo crente verdadeiro alegram-se especialmente quando alguém passa a viver para o Senhor e crer na Sua Palavra. Mas diferentemente dos, a quem chama de arminianos (e a maioria nem sabe que é arminiano - ainda bem...) não crêem, e se dizem fazê-lo, jaz ai uma contradição, que por iniciativa própria podem pregar, e que alguém poderá crer na mensagem do evangelho da mesma forma, simplesmente porque nem crentes, nem incrédulos, são livres para absolutamente nada.
O estranho é que eles, como todos os demais seres humanos, temos em última análise poder de expressarmos o que pensamos, sempre, as nossas opiniões, como as faço nesse momento. Deus não o faz por mim, mas possibilita fazê-lo como declaração da minha fé e maor a Ele. Eu simplesmente sinto que posso me mexer, fazer algo, me pronunciar, defender algo que acredito, a nível de opinião, sobre coisas relacionadas a fé cristã-evangélica, e a práticas e posturas nossas, dos que cremos nEle.
O estranho é que eles, como todos os demais seres humanos, temos em última análise poder de expressarmos o que pensamos, sempre, as nossas opiniões, como as faço nesse momento. Deus não o faz por mim, mas possibilita fazê-lo como declaração da minha fé e maor a Ele. Eu simplesmente sinto que posso me mexer, fazer algo, me pronunciar, defender algo que acredito, a nível de opinião, sobre coisas relacionadas a fé cristã-evangélica, e a práticas e posturas nossas, dos que cremos nEle.
Discursos teológicos podem, e as vezes soam como mais palatáveis, mas podem estar distantes da realidade revelada nas Escrituras. Devemos ser livres para aprendermos com as Escrituras e até certo ponto livres de discursos teológicos convenientes. Claro que no campo religioso institucional isso tem um enorme custo. Religiosos tem um chamado "calcanhar de Aquiles", muito mais sensível que as pessoas possam ser no plano secular, eles desprezam quem os pressionam e o amor se transforma em muitos casos em aversão.
Ser convencido de algum erro é desastroso e desconfortável. E não é só isso, perde-se amigos, convivência, assunto, prazer na comunhão. No caso da igreja perde-se o ministério, o emprego, dinheiro, sustento e até a família. Não deveria ser assim mas é. A cada ruptura, deve-se procurar outra "tribo", contra congregação, outros pares. Não aprendemos ainda a conviver em torno de uma pessoa, precisamos de opiniões obsecadamente concordantes ( não falo de dógmas sobre os quais, como doutrinas máximas, não se deva abrir mão das mesmas ).
Ser convencido de algum erro é desastroso e desconfortável. E não é só isso, perde-se amigos, convivência, assunto, prazer na comunhão. No caso da igreja perde-se o ministério, o emprego, dinheiro, sustento e até a família. Não deveria ser assim mas é. A cada ruptura, deve-se procurar outra "tribo", contra congregação, outros pares. Não aprendemos ainda a conviver em torno de uma pessoa, precisamos de opiniões obsecadamente concordantes ( não falo de dógmas sobre os quais, como doutrinas máximas, não se deva abrir mão das mesmas ).
Para mim, Jesus Cristo é Deus e O Filho de Deus. Morreu por todos e não pelos eleitos ( no sentido que usam ) e isso não pode ser sustentado por uma questão de estilo literário. Morreu por todo o mundo conforme João3:16. E todo aquele que nele crer pode e será salvo. As cartas não estão marcadas embora a distinção e o limite, se o há, entre a onisciência divina, sua pré-ciência e sua soberania para nós seja um dilema, para Ele, Deus, não o é.
Posto dessa forma, calvinistas e arminianos ou qualquer um que pregar, testemunhar, orar e se doar em prol da pregação do evangelho, a tempo e fora de tempo, poderá encher mais os céus e esvaziar o inferno. Sentar-se e esperar amigos,desafetos, parentes, pais, filhos, colegas irem a um a um para o inferno é uma contradição lógica e perversidade religiosa.
Posto dessa forma, calvinistas e arminianos ou qualquer um que pregar, testemunhar, orar e se doar em prol da pregação do evangelho, a tempo e fora de tempo, poderá encher mais os céus e esvaziar o inferno. Sentar-se e esperar amigos,desafetos, parentes, pais, filhos, colegas irem a um a um para o inferno é uma contradição lógica e perversidade religiosa.
Jamais estaremos concordes sobre vários pontos acerca da compreensão correta das Escrituras, isso é um fato líquido e certo, mas podemos evitar legitimamente também os erros mais clássos.
Por Helvécio S. Pereira
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